Ombrear a causa mais nobre não é luta de um, nem de poucos.
É uma rotina que diariamente, espalhados por esse Brasil gigante, trabalhadores que se dedicam ao cultivo de alimentos para irem à mesa de outros tantos, brasileiros ou não, mas, cidadão do mundo.
Nem sempre a paga é justa.
Nem sempre o tempo é parceiro.
Nunca desistem.
Até porque não se desiste de viver e o alimento que se produz não tem outro significado, senão a nutrição da vida.
Assim, irmanados na causa mais nobre e cientes de problemas comuns que aflige à todos, um grupo se forma, discutem meios e as estratégias possíveis e viáveis.
Usar a água com respeito e dentro dos limites da sustentabilidade.
O nome pode parecer complicado, embora seja simplesmente usar de maneira equilibrada e responsável não apenas para o hoje, mas, com um olhar para o amanha, talvez, pelo fato de que no momento que estes, antes da sua jornada diária, bem cedo, ao olharem-se no espelho, vejam lá, um rosto bem mais moço que tem traços comuns que não é outro, senão a imagem de seu filho como a pedir um sinal de esperança.
Pensando nesse bem comum – a água, formou-se a Associação de Usuários da Bacia do Velhaco – AUV. Necessária para o plantio das culturas ou para dar de beber aos animais a água precisa ser cuidada em toda a extensão da bacia com o uso correto e sustentável e adoção de medidas de recuperação das matas ciliares que serpenteiam no entorno dos córregos que formam a Bacia do Velhaco.
Cada fonte passa a ter tratamento de um pequeno e valioso tesouro porque ao juntar-se, forma o volume de água que abastece tantas propriedades que somente possuem valor – e vida – porque alguém está sendo cuidadoso. Impossível predizer das conquistas que se pode obter com uma associação.
Qualquer exercício de premonição, dependendo da união, da coragem e do esforço dos associados, jamais imaginará o tamanho do alcance. Fraternalmente, neste dia 21 de dezembro de 2012, já as portas das festas natalinas, unem-se para salvar a água, os cultivos, os animais e o valor de suas propriedades e porque não dizer, para preservar a história de seus pais, avós.... Ou apenas, porque são sensíveis e perceberam a necessidade de se unir, de juntar forças, para proteger algo que todos precisam.
Seria este um presente de Natal?
Nesse ombrear que solidamente marcham na busca da consolidação dos objetivos que deram origem ao movimento associativista.
Bravo! Coragem!
Determinação! Conquistas!
Hilda Suzana Veiga Settineri