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sexta-feira, 22 de março de 2013

VIVA A ÁGUA



Engº Agrº Renato Zenker

       O tema água, talvez seja o mais importante nesse momento, porque o homem está agredindo as reservas hídricas de forma assustadora. Os cursos d’águas estão recebendo os mais diversos efluentes e resíduos produzidos pela humanidade. Quanto maior o aglomerado humano, maior a produção desses agentes poluidores da água.
        Mesmo que a poluição da água cause grande preocupação, existem outros fatores que perturbam o futuro, como é o caso da escassez da água em muitos locais. Isso se deve a má distribuição das chuvas e a falta de infiltração nas cabeceiras. A quebra do ciclo da água na Natureza é determinada pelos dois fatores apontados. A seca tem colocado, muitas vezes, a economia primária de joelhos.
         Alguns analistas concluem que a seca deve ser compensada com infra-estruturas de armazenamento de água nos períodos chuvosos. Essa ação resolve só em parte o problema, pois sem a contribuição das fontes abastecedoras enfraquece o sistema, ainda mais na irrigação a primeira parcela de água vai para o déficit do solo comprometendo grande parcela de energia e água.
         Nesse momento de intensa atividade agro-silvo-pastoril, quando o agronegócio ocupa importante espaço na mídia a água é tida como insumo da geração de alimentos no continente. É imperioso que se faça um alerta no sentido do grande potencial de produção que representa os dois terços de superfície líquida do planeta. Com isso lembramos que a poluição gerada pela agricultura (defensivos e sedimentos), não pode prejudicar a qualidade da água para não comprometer a existência dos animais e plantas aquáticas.  Isso não tem sido observado.
         Esses são temas a serem discutidos na semana da água que iniciou no dia dezoito e vai até próximo dia vinte e três (domingo). No dia vinte e dois (sexta Feira) se comemora o Dia Mundial da Água, data instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas) na década de noventa, com a finalidade de chamar a atenção para a sua importância em relação à vida.
         Não podemos esquecer a fórmula dos Rios Vivos. Controlar secas e enchentes devem ser obtidos com projetos revitalizadores dos ecossistemas, para ter uma água de qualidade e em quantidade suficiente. Nesse caminho devem estar os produtores das cabeceiras produtores de água, que devem ser remunerados para reativar ou manter as vertentes estabilizadoras dos cursos de águas.
         O Rio Grande do Sul deve cuidar de suas águas, não só pela riqueza de seus mananciais, mas por possuir a maior extensão de litoral do mundo com 620 quilômetros e com ambientes únicos com extensa faixa de praias e o maior complexo do Brasil de lagoas costeiras interligadas, somadas a um paisagismo diversificado e rico cada um com sua característica particular de beleza.
         O nosso compromisso é lutar pelo pleno tratamento de esgotos residenciais e industriais, adequação de um sistema de saneamento dos resíduos sólidos e humanização dos sistemas produtivos. É sonho? Garanto que não. Pensem nesse assunto enquanto nos preparamos para o próximo texto sobre erosão e conservação do solo. Fique esperto e continue nos prestigiando.  

Nova ponte do Velhaco em seu início


Água 2





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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Pesquisa mostra benefícios da gestão sustentável da água


Mais de 80% dos países reformaram sua legislação sobre o uso da água nos últimos 20 anos em reação à demanda crescente de recursos hídricos decorrente do aumento da população, da urbanização e de mudanças climáticas. Em muitos casos, essa reforma teve impactos positivos no desenvolvimento, incluindo melhorias no acesso à água potável, na saúde humana e no rendimento da água na agricultura. Todavia o progresso global tem sido mais lento quando se trata de irrigação, recuperação das águas pluviais e investimento em serviços do ecossistema de água doce.
Estas são algumas das conclusões de um estudo das Nações Unidas cobrindo mais de 130 governos de nações quanto aos esforços para melhorar a gestão sustentável dos recursos hídricos. A pesquisa foi produzida especificamente para dar subsídios à tomada de decisões na Rio+20. Ela se concentra no progresso rumo à implementação de abordagens acordadas internacionalmente para a gestão e uso da água, conhecida como Gestão Integrada de Recursos Hídricos (GIRH).
Apoiada por Estados membros da ONU na Cúpula da Terra Rio-92 como parte de um plano de ação global sobre desenvolvimento sustentável (Agenda 21), a GIRH é um caminho para o desenvolvimento e a gestão eficientes, equitativos e sustentáveis dos recursos hídricos limitados do mundo.
Em meio a demandas crescentes e conflitantes no abastecimento de água do mundo, a GIRH integra necessidades domésticas, agrícolas, industriais e ambientais ao planejamento hídrico, ao invés de considerar cada demanda isoladamente.
“Uma abordagem integrada e adaptável é essencial para garantir que as necessidades de diversos grupos de usuários, que por vezes concorrem entre si, sejam atendidas equitativamente, para que o desenvolvimento e a gestão de recursos hídricos beneficiem a todos”, disse o Presidente da ONU-Água, Michel Jarraud. “Seu sucesso depende de um quadro institucional e de governança que facilite o diálogo e as decisões sobre recursos hídricos, que sejam ecológica, econômica e socialmente sustentáveis”, concluiu.
A pesquisa, que foi coordenada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em nome da ONU-Água (o mecanismo de coordenação entre as agências da ONU para questões de água doce), pediu aos governos seus comentários sobre infraestrutura, financiamento, governança e outras áreas relacionadas à gestão da água, para medir o sucesso dos países na transição para a GIRH.
No geral, 90% dos países pesquisados relataram uma série de impactos positivos decorrentes de abordagens integradas para a gestão da água, após as reformas nacionais.
Eis algumas outras conclusões importantes:
1) A maioria dos países percebeu que os riscos relacionados à água e a concorrência por recursos hídricos têm aumentado nos últimos 20 anos;
2) O abastecimento doméstico de água é classificado pela maioria dos países como a maior prioridade para a gestão dos recursos hídricos;
3) A maioria dos países relatou uma tendência crescente no financiamento do desenvolvimento dos recursos hídricos, embora continue a haver obstáculos à implementação de reformas;
4) O progresso no rendimento da água está perdendo prioridade em relação a outras reformas na gestão de água, com menos de 50% das reformas nacionais abordando esse tema.
“A gestão sustentável e o uso de água – devido ao seu papel vital na segurança da alimentação, na energia ou no apoio aos valiosos serviços do ecossistema – sustenta a transição para uma economia verde de baixo carbono e o uso eficiente de recursos”, disse Achim Steiner, subsecretário-geral da ONU e diretor de executivo do PNUMA. “Além de destacar os desafios, esta nova pesquisa mostra também importantes sucessos na gestão integrada dos recursos hídricos, onde uma abordagem mais sustentável à água resultou em benefícios concretos para a saúde humana, o meio ambiente e a redução da pobreza. Na Rio+20, os governos têm a oportunidade de capitalizar sobre essas inovações e traçar o caminho a seguir para o desenvolvimento sustentável, para que as necessidades de água para uma população global, que deverá aumentar para 9 bilhões até 2050, possam ser atendidas de forma equitativa”, acrescentou Steiner.
A pesquisa da ONU mostra as principais mudanças ambientais ocorridas entre 1992, quando pela primeira vez a GIRH foi amplamente apoiada pelos governos, e hoje - e como são administrados os recursos hídricos diante desses desafios.
A população mundial, por exemplo, aumentou de 5,3 bilhões em 1992 para pouco mais de 7 bilhões hoje, com impactos que são mais fortemente sentidos nos países em desenvolvimento. Isso foi acompanhado por uma migração crescente das áreas rurais para as urbanas bem como elevados movimentos de refugiados, devido a desastres climáticos e sociopolíticos.
Percepção das questões principais pelos países
As questões relacionadas com a água mais frequentemente citadas como tendo ‘alta’ ou ‘máxima’ prioridade pelos governos são o desenvolvimento de infraestrutura e financiamento (79% de todos os países) e o financiamento para a gestão de recursos hídricos (78%).
A mudança climática é citada como alta prioridade pela maioria dos países (70% do total) e 76% dos países consideraram que a ameaça das mudanças climáticas aos recursos hídricos aumentou desde 1992.
Mas a pesquisa também destaca importantes diferenças entre países desenvolvidos e em desenvolvimento em termos de prioridades relacionadas à água. Usando o Índice de Desenvolvimento Humano, a pesquisa categorizou os países em quatro grupos de IDH: baixo, médio, alto e muito alto.
Garantir o abastecimento de água adequado para a agricultura é uma alta prioridade para muitos países com baixo IDH, enquanto a preservação da água doce dos ecossistemas (“água para o meio ambiente”) é uma prioridade principalmente para países com IDH muito alto.
Recomendações da pesquisa
A pesquisa inclui uma série de metas e recomendações que visam informar os tomadores de decisões na Rio+20. Elas são baseadas em uma avaliação das conclusões da pesquisa e incluem:
1) Até 2015, cada país deverá desenvolver objetivos e prazos específicos para preparar e implementar um programa de ação e estratégia de financiamento de GIRH.
2) Até 2015, deverá ser estabelecido um mecanismo de informação global na gestão dos recursos hídricos nacionais. Isso é para garantir um sistema de informação mais rigoroso sobre o progresso da GIRH e melhorar a disponibilidade das informações.
3) É necessário mais esforço para aumentar os níveis de financiamento e melhorar o quadro institucional da gestão dos recursos hídricos - dando especial atenção aos países com baixo IDH.
Fonte: Água Online

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Asfalto vegetal pode ser a solução para estradas de terra

 Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/01/2013

Bioasfalto vegetal pode ser a solução para estradas de terra
Wilson Smith se entusiasma com a coesão e a dureza apresentada pela mistura de poeira de estrada e lignina. [Imagem: KSU]

Bioasfalto O asfalto parece ser a melhor solução do mundo quando se é forçado a viajar por uma estrada de terra. Mas Wilson Smith, estudante da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, defende que nenhum dos dois é o ideal: nem o asfalto é a solução para todas as estradas, e nem tampouco há que se resignar a viajar por estradas poeirentas e esburacadas. Por isso ele decidiu trabalhar com um material de origem vegetal, na tentativa de criar uma alternativa que melhore as condições de tráfego das estradas não pavimentadas. Smith está trabalhando com a lignina, o material que dá rigidez às células vegetais, para fazer um composto que possa dar rigidez à terra solta e aos pedregulhos das estradas vicinais. Bioasfalto O que torna a lignina um material particularmente valioso para essa aplicação é o seu comportamento adesivo quando é umedecida, com capacidade para agregar os materiais do solo, gerando uma coesão e criando uma espécie de "bioasfalto". Isto torna a estrada de terra menos poeirenta, mais lisa e com uma menor necessidade de manutenção, sobretudo no período das chuvas. A lignina está presente em todas as plantas, sendo rejeito de culturas comerciais, como no caso do bagaço da cana-de-açúcar, da palha de milho e de outros resíduos da agricultura, assim como da indústria do papel, o que a torna um material sustentável e renovável. Depois de diversos experimentos, Smith selecionou cinco diferentes concentrações de lignina no solo, que se mostraram mais promissoras - 2%, 4%, 6% e 9% - e que agora estão sendo avaliadas na resistência da coesão do solo e, portanto, da diminuição da erosão da estrada. Testes de campo Com os bons resultados dos testes iniciais, a coordenadora do grupo, Dra Dunja Peric, selecionou novos estudantes para avaliar o uso do material em outras condições, o que inclui a secagem prévia e a aplicação direta da lignina no solo. "Nós queremos fazer uma análise exaustiva de como a coesão varia quando você muda a concentração de lignina, a quantidade de água e a compactação," disse Smith. "Isso vai determinar, em estudos de campo, qual a porcentagem de lignina produz a maior estabilização do solo." O grupo programou uma apresentação dos resultados da sua pesquisa para meados de Fevereiro, quando eles esperam fazer parcerias para os testes de campo, o que não deverá ser difícil, já que o Kansas é um estado agrícola, com quase dois terços das estradas sem pavimentação.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Municípios da Bacia do Velhaco

A bacia do Arroio do Velhaco banha cinco municípios, permitindo a orizicultura em várias partes de sua extensão. Vamos falar destes municípios aqui começando com Arambaré:

História de Arambaré

 Segundo contam os historiadores, os primeiros habitantes das baixas e férteis terras da Laguna dos Patos foram os índios Arachanes, de descendência Tupi-Guarani que, ao migrarem da Cordilheira dos Andes, das imediações do lago Titicaca, encontraram o espaço ideal para a sua sobrevivência (REMUSSI, 2004).


Os primeiros habitantes deste território descendiam das tribos dos Aimarás e foram atraídos pelo comércio com os guaranis, que se radicaram às margens do Rio Camaquã (REMUSSI, 2004). Os índios Arachanes tinham pés e mãos desenvolvidos devido à prática da natação para fins de pesca. Na língua Tupi, a palavra Arachãs significa Patos, originando-se daí a denominação oferecida ao grande lago, a mãe-água, qual seja, Lagoa dos Arachãs ou então de Laguna dos Patos (REMUSSI, 2004).

 Por volta de 1763, casais açorianos vindos para o sul estabeleceram-se na margem esquerda do estuário do Guaíba e na margem direita da Laguna dos Patos, fundando fazendas e charqueadas até o rio Camaquã (REMUSSI, 2004). Com a chegada dos primeiros casais portugueses que fundaram Porto Alegre, iniciou-se o processo de colonização e o fluxo exploratório e migratório da região mais ao sul do continente, estimulando, com o decorrer do tempo, outras etnias a se instalarem na região, promovendo assim a diversidade étnica existente (REMUSSI, 2004).


Desde essa época, os habitantes do então distrito de Arambaré uniram-se na busca do desenvolvimento, através da agricultura, da pecuária e sobre tudo pelo grande potencial turístico e pela beleza natural da região (REMUSSI, 2004). Com o decorrer do tempo, conforme deu-se a ocupação das terras indígenas por europeus e seus descendentes, foram desaparecendo os vestígios da cultura indígena. Até meados do século 20, mais precisamente até o ano de 1938, a localidade passou a denominar-se Barra do Velhaco, em alusão a um Arroio com águas imprevisíveis e suas areias movediças. Em 28 de dezembro de 1938, a localidade passou a denominar-se Paraguassu e somente em 1945, por intermédio do decreto estadual 7.841, recebeu o nome definitivo de Arambaré, que em uma tradução livre, significa terra das delícias (REMUSSI, 2004).

 A localidade manteve-se como distrito de Camaquã até 20 de março de 1992, quando então, após a realização de todo o processo de emancipação política e administrativa, o Governador do Estado, Alceu Colares, assinou a Lei Estadual, que criava o novo município (REMUSSI, 2004). Toda a comunicação era via Laguna dos Patos, para as cidades da Costa Doce, como também Porto Alegre. Existiam em Arambaré vários trapiches na Laguna, por aonde chegavam as mercadorias e saiam os produtos, especialmente o arroz que, naquela época, era o forte da economia do município. Os barcos transportavam até 3.500 sacas de arroz. As lavouras davam duas grandes safras: a do arroz e feijão tupi. O produto chegava a Arambaré em carroças puxadas por bois, que paravam à sombra de figueiras, antes de levarem a carga até os trapiches. Já o combustível, o açúcar e o café vinham de Porto Alegre (REMUSSI, 2004).


Quem dominava o comércio em Arambaré naquela época eram João Augusto Monser, Palmor Almeida, Júlio Ribeiro Corleta, Irineu Cibils e os Ayub. O Dr. Irineu Cibils era médico, atendia os doentes a pé e a cavalo, mas era, ao mesmo tempo, dono de intermináveis áreas de terra (REMUSSI, 2004). Desde o início das festas religiosas de Navegantes, as procissões eram feitas de barco, vindo gente de toda região. Naquela época não existia desemprego, pelo contrário, no tempo da colheita do arroz vinha pessoal de fora. Os engenhos de arroz eram movidos a vapor, obtido da queima da própria casca do arroz, que movimentavam o engenho e iluminavam algumas casas. A luz elétrica veio com Cibils e Buchaim e, depois, através da Prefeitura de Camaquã, que mantinha motores a óleo diesel, fornecendo luz das 8 às 11 horas da noite. Para obter luz após este horário havia a necessidade de pagar o óleo, como acontecia nos bailes que geralmente ultrapassavam este horário (REMUSSI, 2004).

A luz, no início, vinha dos cata-ventos e lá pelos anos 30, os engenhos de arroz produziam a luz e levavam até alguns amigos, entre os beneficiados da igreja Nossa Senhora dos Navegantes (REMUSSI, 2004). Esta igreja teve início pelos anos 30 e foi concluída lentamente, sofrendo várias reformas. O que não se concebia naquela época, por volta de 1947, é que existia certa segregação racial. Exemplo disso eram que os bailes aconteciam de duas formas distintas: uma só para brancos e outro, só para gente de cor (REMUSSI, 2004).


Em 1948, o Dr. Cibils único médico de Arambaré, personalidade eminente do município, viajou à Europa e trouxe uma amostra de soja. O Dr. Cibils distribuiu um punhado de soja para cada agricultor, profetizando: “Isto será o futuro do mundo”. Ninguém, na época, sabia o que era a soja (REMUSSI, 2004). Entre os anos 30 e 60 não existia falta de emprego. Só os engenhos ocupavam mais de 200 pessoas, número este maior que toda a população de Arambaré (REMUSSI, 2004). O abastecimento comercial de cidades como Pelotas, Rio Grande e Guaíba era realizado através da Laguna dos Patos. Os trapiches existentes naquela época tinham aproximadamente 100 metros de extensão cada um (REMUSSI, 2004).

Após a construção da BR- 116, todo o comércio local de Arambaré sofreu um impacto, pois o transporte de mercadoria foi redirecionado para a estrada nova, desviando toda a rota de negócios (REMUSSI, 2004). Texto retirado do Trabalho de Conclusão de Curso de Letícia Dietrich (2008), para a obtenção do grau de Bacharel em Turismo na FEEVALE, entitulado "Potencialidade Turística do Município de Arambaré e sua relação com os serviços".

 FIGUEIRA DA PAZ 


 Arambaré preserva um patrimônio do estado do Rio Grande do Sul, a maior figueira do estado, a Figueira da Paz, com aproximadamente 141 m de perímetro. Sua copa abrange um raio de 50 m e a circunferência do tronco é de 12 m. Com idade aproximada entre 400 e 700 anos, encontra-se no centro da cidade, cercada por bancos e é iluminada à noite, realizando o espírito de convívio com a natureza. A figueira é uma árvore originária da região da Mata Atlântica que recebe o nome científico de Fícus Organensis, compondo uma bela paisagem natural em toda a Costa Doce. Na cidade de Arambaré, a imagem da figueira é utilizada como um símbolo da emancipação política e administrativa do município. Segundo a história verbal relatada, junto a esta área habitavam índios Arachanes, que no passado viviam da caça e da pesca na Laguna dos Patos.

Conta a lenda que uma índia de nome “Justa”, teria se abrigado junto à figueira e ali permanecido até a sua morte. A administração municipal no ano de 1998, quando a cidade integrou-se às atividades dos jogos da Paz, celebrada em vários países, inaugurou uma placa alusiva ao evento, denominando o espaço de “Figueira da Paz”. As figueiras estão protegidas por lei estadual que as torna imunes ao corte, pois as mesmas abrigam várias espécies da flora e da fauna. Seus frutos servem como alimento para diversas espécies de aves e constituem abrigo para outras plantas. Atualmente a figueira vem passando por um problema estrutural delicado. Uma rachadura num dos seus principais galhos está colocando as autoridades numa situação complicada. O IBAMA não quis se responsabilizar e passou o problema para a FEPAM que é o orgão ambiental do estado. Podar é a solução que logo aparece, mas com a poda a figueira pode perder o equilíbrio e tombar. A outra solução seria a de colocar cimento nas rachaduras, evitando assim que a umidade apodreça mais o galho.

Do site Obras Sistema Velhaco